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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

A Morte não vos fica (nada) bem

Há dias assim. Em que as notícias que recebemos não nos fazem bem. Aliás, que nos deixam perplexos e atónitos primeiro, tristes e comovidos depois.

Hoje recebi a notícia da morte de duas pessoas que me diziam respeito: Um primo que resolveu dizer adeus cedo de mais e de um antigo professor que não pode escolher a sua hora.

Em relação ao assunto familiar, não me vou pronunciar. É demasiado pessoal para expor num espaço que poderá ser público. A única coisa que posso dizer é que senti. Senti demasiado forte. Não faz sentido o abandono. Ainda menos quando a lei natural é alterada. Não faz sentido os mais velhos despedirem-se dos mais novos...

Quanto ao antigo professor... Não é um professor qualquer. É só uma das pessoas que mais me marcou, tanto quanto um professor pode e deve marcar os seus alunos. Se hoje sou o que sou profissionalmente, a ele o devo. Se hoje olho para o mundo que nos rodeia da forma como olho, muito a ele o devo. Se escolhi uma determinada carreira foi influenciado pelos seus ensinamentos.

Não sou seu discípulo, como nunca ele teve a pretensão que qualquer um dos que com ele aprendeu o fosse. Mas no fundo, todos a quem ele marcou, o sentem e sabem. E todos os que vierem a frequentar o Curso de Comunicação Social (ou Ciências da Comunicação, como eles resolveram chamar) da UNL, nunca saberão o que perderam por não poderem retirar ensinamentos deste Professor...

Não. A Morte não vos fica nada bem... Sobretudo pela forma abrupta como chegou...