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quarta-feira, 27 de abril de 2005

E depois do Adeus

A semana passada dei por mim a discutir a importância de ainda se comemorar o 25 de Abril com pompa e circustância, despendendo valores enormes em festas que têm mais de eleitoralistas do que de verdadeiro sentimento.

Mas dei por mim a voltar a comover-me ao ouvir a "Grandola". E não me comovi só pelo significado político que a mesma tem. Comovi-me porque pensei num jovem contestatário, com inúmeros sonhos e ideais, sem saber o que lhe aconteceu. Comovi-me por nostalgia...

E depois pensei que o fundo desse jovem ainda cá anda. Não desapareceu, refinou-se. A contestação ainda existe e consubstancia-se num "eterno não". A dúvida metódica que motivava grande parte da contestação ainda está presente.

É nesse fundo que se baseia a vida no dia-a-dia. E as convicções não desapareceram. Deixaram de ser publicitadas. Agora são vividas.

Depois do Adeus veio um Olá. E é esse Olá que me faz viver...

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