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segunda-feira, 26 de junho de 2006

Dia 6 – Uma folga nas baleias

Destino: Vertente norte de S. Miguel. Saída para a Ribeira Grande, não sem antes uma passagem pelos Futuristas, para briefing sobre as “minhas” Baleias…

A caminho da Ribeira Grande, desvio para Rabo de Peixe. Conhecer pessoalmente aquela que é apontada como uma das terras mais pobres de Portugal. A chegada, vindo do sul é surpreendente: As enormes vivendas faziam pensar que tudo tinha mudado.
Pura ilusão… As pessoas do lugar não deixam margens para dúvidas. É uma experiência da vida perceber a dignidade na extrema pobreza e degradação.

Saída para Santana para almoço num restaurante que, afinal, está fechado. Alternativa: Ala Bote, na Ribeira Grande. Um dos piores arrozes de marisco que já transpuseram estes lábios… Porque é que não dei ouvidos aos conselhos e não escolhi Cataplana (ou seria Caldeirada?...) de cherne?...

Após a desilusão gastronómica, ala que o bote ficou para trás e ainda há muito para ver.

Caldeiras de Ribeira Grande: Se a natureza houvesse produtos made inChina, estas caldeiras seriam esses produtos quando comparados com as das Furnas… Mas quem mostra o que tem a mais não é obrigado…

Placas a indicar a Lagoa do Fogo. Desafio: Perceber para onde fugiram as próximas placas…
Insistência, porque a visita valeria a pena, com nova abordagem. Desta feita pelo sul. Apesar das nuvens (esse eterno “obstáculo”) lá estava ela. Não na sua plenitude mas a sua beleza não deixava margens para pensamentos negativos.

Descida para a Caldeira Velha, com direito a banho e tudo. É gira, apesar das folhas e ramos no fundo darem uma sensação de que algo mais vivo poderia andar por ali também… Pés mais sensíveis não gostaram dessa sensação.

Rumo ao nordeste que é apresentado como um dos “segredos” de S. Miguel. Curva, contracurva, mais curva e outra contracurva (ou seria ao contrário?) até aos Moinhos da Achada. Espaço lindíssimo, muito bem recuperado e que merece uma visita mais alongada.

A caminho, com episódio “salão de chá”: Momento único, com vacas nomeio da estrada à mistura, ultrapassagens perigosas ao gado vacum e tudo.

Chegada ao Nordeste já noite cerrada. Lisboeta tem a mania de se esquecer que jantar a partir das 21h não é um hábito inteiramente nacional… Sem tempo para ver o que quer que seja (mas mesmo assim deu para perceber que o local merece também uma visita demorada), toca a fugir para outro lado a ver se dá para matar a fome…

E eis que aparece Povoação.
Povoação acolhedora, esta Povoação! Sem fofas mas com todos os ingredientes, são 22h30m e cá estamos nós a comer uma bela pizza que, àquela hora, foi um verdadeiro manjar dos deuses.

Caminho para Ponta Delgada, com direito a mais uma paragem no Festival Gastronómico das Furnas porque as Papas Grossas tinham ficado na memória palativa.

Ponta Delgada nunca me pareceu tão acolhedora e amanhã esperar o telefonema para saber se se pode ir ver Baleias…

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